A EDUCAÇÃO FINANCEIRA É UM APRENDIZADO QUE DEVERIA COMEÇAR DESDE A INFÂNCIA, QUANDO A CAPACIDADE DE ABSORÇÃO E O VÍNCULO COM OS PAIS FACILITAM O ENTENDIMENTO DE CONCEITOS BÁSICOS SOBRE DINHEIRO. NO ENTANTO, NUNCA É TARDE PARA APRENDER.

Em qualquer fase da vida, compreender como lidar com recursos financeiros é essencial para tomar decisões sensatas e evitar armadilhas. A adolescência, por sua vez, apresenta um cenário mais complexo — mas também extremamente estratégico — para consolidar esse conhecimento como ferramenta de autonomia e equilíbrio na vida adulta.

Na infância, os ensinamentos sobre finanças podem ser transmitidos por meio de jogos lúdicos, como Banco Imobiliário ou Jogo da Vida, além de experiências cotidianas — como a ida ao supermercado com os pais. Crianças são excelentes observadoras e tendem a reproduzir o comportamento dos adultos que as cercam. Por isso, o exemplo tem papel fundamental: pais que planejam seus gastos e praticam hábitos saudáveis com o dinheiro contribuem diretamente para o desenvolvimento desse discernimento nos filhos.

Durante a adolescência, no entanto, esse processo ganha novos contornos. Os jovens passam a buscar autonomia e se influenciam mais pelo ambiente externo — redes sociais, grupos sociais e tendências de consumo. A resistência natural da idade também pode dificultar diálogos diretos. Mesmo assim, o período é valioso para ensinar sobre escolhas conscientes, metas financeiras e o impacto de decisões no futuro. Ensinar um adolescente a planejar seus próprios gastos e economizar pode ser o primeiro passo para prepará-lo para enfrentar os desafios da vida adulta sem recorrer a dívidas desnecessárias.

Benefícios da previdência privada para a aposentadoria

A educação financeira vai muito além de entender números e fazer contas. Trata-se de um processo que envolve saber como o dinheiro é ganho, administrado, investido e gasto — sempre com foco em objetivos pessoais e familiares. É uma habilidade que fortalece a independência, ajuda a evitar riscos e contribui para um futuro mais seguro.

Quando aprendida na juventude, a educação financeira pode mudar completamente a forma como um adulto se relaciona com o dinheiro. Ela permite decisões mais inteligentes, o uso equilibrado dos recursos, a criação de reservas de emergência e o investimento em sonhos e planos de curto, médio e longo prazo.

Pais como guias, mesmo sem conhecimento prévio

Muitos pais, no entanto, enfrentam o desafio de ensinar algo que nunca aprenderam. Em diversas famílias brasileiras, a educação financeira não foi incorporada na infância dos adultos, o que gera incertezas sobre como abordar o tema com os filhos. Mas essa limitação pode se transformar em uma oportunidade: o processo de ensino pode ser conjunto.

Educação financeira é caminho para autonomia

Em uma sociedade em que o consumo é estimulado a todo instante — seja por publicidade, influência digital ou pressão social — formar jovens mais responsáveis no uso do dinheiro é uma necessidade urgente. A adolescência, ainda que desafiadora, pode ser uma etapa estratégica para consolidar habilidades que acompanharão os jovens por toda a vida.

Mais do que preparar para lidar com contas e dívidas, a educação financeira forma cidadãos mais esclarecidos e preparados para transformar recursos em realizações duradouras. E isso começa dentro de casa — com exemplos, diálogo e paciência.

Dicas práticas para ensinar educação financeira a adolescentes

Para transformar teoria em ação, veja cinco estratégias eficazes que pais podem adotar para iniciar esse diálogo e motivar seus filhos a praticar educação financeira:

1| Seja o exemplo que você deseja transmitir

Antes de ensinar, é essencial praticar. Organize seu orçamento, controle seus gastos e compartilhe com seus filhos situações reais que exigem decisões financeiras. Explique seu raciocínio ao escolher pagar uma conta antes de outra, ou ao decidir não fazer uma compra por estar fora do planejamento.

2| Inclua os jovens na rotina financeira da casa

Mostre aos adolescentes como funciona o orçamento familiar. Isso não significa expô-los a problemas financeiros, mas sim dar visibilidade sobre metas, limites e prioridades. Quando os jovens entendem que há planejamento por trás dos gastos da casa, eles tendem a respeitar mais as decisões e se sentir parte do processo.

3| Estabeleça metas pessoais com os filhos

Ajude seu filho a definir objetivos concretos: comprar um celular, fazer um intercâmbio, tirar a carteira de motorista. Em seguida, ensine-o a traçar um plano para alcançar essas metas, separando uma quantia mensal e evitando gastos impulsivos. Isso ensina que o dinheiro é instrumento de conquista — e não apenas de consumo imediato.

4| Ofereça mesada com propósito

Dar mesada é útil, desde que venha acompanhada de orientação. Estabeleça um valor fixo e deixe claro que, caso o dinheiro acabe antes do período combinado, não haverá reposição. Isso incentiva o jovem a pensar antes de gastar, estimula o hábito de economizar e ajuda a desenvolver responsabilidade.

5| Erros são parte do caminho, tenha paciência

É comum que os adolescentes gastem toda a mesada em um impulso ou se arrependam de decisões. Use esses momentos como oportunidades de aprendizagem. Converse sobre o ocorrido, reflita com eles sobre as consequências e ajude-os a pensar em alternativas para o futuro.

Confira no Linkedin da Fundação Itaúsa Industrial mais conteúdos sobre o tema no artigo

Educação financeira nas escolas com o Programa “Na Ponta do Lápis”

Lá você vai saber mais sobre o programa que pretende revolucionar a educação financeira de estudantes em todo o país. Com foco especial nos beneficiários do Programa Pé-de-Meia, a iniciativa busca capacitar a nova geração para gerenciar suas finanças com inteligência,
planejando um futuro mais seguro e próspero.

O Na Ponta do Lápis é um programa do MEC voltado à promoção da educação financeira, fiscal, previdenciária e securitária na educação básica, alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Seu principal objetivo é desenvolver nos estudantes habilidades essenciais para lidar com dinheiro de forma estratégica, tomar decisões de consumo responsáveis, compreender impostos, previdência e seguros, e planejar o futuro com mais autonomia.

Com informações de PagSeguro, Nubank, Portal do Investidor

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